sábado, 8 de setembro de 2007

CONSCIÊNCIA

Compreender a situação do ensino-aprendizagem nas escolas públicas brasileiras, não se limita a obtenção de recursos: físicos, financeiros, materiais e humanos. Estes são necessários, entretanto a cumplicidade: comunidade, pais, alunos, professores e escola são imprescindíveis à construção de sujeitos pensantes, os quais a qualquer momento estarão aptos a refletirem para si, para os outros e para o mundo. E isto, é possível, quando o educador possui uma consciência transitiva e deseja despertar no estudante, o mesmo tipo de consciência para que ambos participem do processo de conscientização.
Vale lembrar, que segundo a tipologia de A.V. Pinto( 1960), nós possuimos três tipos de consciência: Intransitiva, Transitiva Ingênua e Transitiva. Na primeira, própria dos países pouco desenvolvidos, os indivíduos com baixo poder aquisitivo e consequentemente com baixa qualidade de vida, preocupam-se com sua subsistência, logo não conseguem enxergar uma realidade, além das suas fronteiras. Porém, isto é reversível. Na segunda, os individuos têm posicionamento da realidade, porém não possuem criticidade, pois as informaçôes foram fruto de um conhecimento produzido por uma ideologia dominante. Na terceira e última, um individuo reflete sobre si e os fatos sociais com criticidade, pois sabe identificar, distinguir, avaliar, compreender, diagnosticar... a realidade de uma sociedade, de um país.
Ao interpretar os tipos de consciência, compreende que serviram para despertar em mim, o qui eu já sabia, porém não tinha a consciência de classificá-las. Só foi possível acordar, identificar, porque a vida me fez ter consciência transitiva. Pois, somos seres em transformação e eu sou o fruto de uma transformação.

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